domingo, 14 de novembro de 2010

SOCRATÍADAS

SOCRATÍADAS  
Aos grandes e aos varões sacrificados
Que nesta ocidental praia lusitana
Em tempos quase sempre conturbados
Ajudaram a que passasse a caravana
Contra traidores, gatunos e drogados,
Livrem-nos, por favor, deste sacana.
É o que ardentemente hoje vos peço
E, se o conseguirem, muito agradeço
Nos tempos em que Guterres governava
Vivia-se até melhor que hoje em dia.
E o Sócrates Pinto de Sousa militava
lá nas fileiras da Social-Democracia.
Desse Zé Ninguém não se espr'ava
O vil trafulha em que ele se transformaria.
E venho eu, Camões, da língua o Pai
Explicar-vos como "isto" por cá vai...
Estavas , jovem Zé, muito contente,
Com o teu Diploma já adquirido
Nessa tal Universidade Independente,
Com fraudes e artimanhas conseguido,
Assinando projectitos de outra gente
Pois que, para nada mais foste instruído.
Mas sendo um refinado vigarista,
Logo te inscreves no Partido Socialista.
Com muita lábia, peneiras, arrogância,
Depressa ousou chegar a Deputado,
E mesmo apesar de tanta ignorância
P'ra Secretário de Estado foi chamado.
E nas burlas, trafulhices e jactância,
Em que esteve nesses tempos embrulhado,
Terá sido nesse ambiente assaz sinistro
Que obteve competências p'ra Ministro.
E TU, sábio Cavaco, agora me ensina
Como posso tirar este gajo do poleiro
Pois não passa de uma ave de rapina
Mas já é segunda vez nosso Primeiro.
Mandai-o p'ra bem longe, África ou China
Já que o não podes mandar p'ró Limoeiro.
É que eu estive lá, e aquilo que acho
É que ele só sairá com um Grande Tacho!
Que seja pelos pecados deste Povo,
Teimoso no seu votar sempre às cegas,
P'ra depois implorar p'ra ter de novo
Alguém que seja outro João das Regras
Que o leve sem receios a votar
Num émulo do Oliveira Salazar!
              Luís Vesgo de Camões
...

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

deixa aqui o teu poema
eu tambem quero sonhar
se não sabes não e dilema
só tens e de trabalhar

deixa falar teu coração
escreve os teus pensamentos
será com grande emoção
que irei ler os teus momentos

v.v

o passeio

pai e filho mais velho
decidiram ir passear
sol batia no espelho
que belo dia para recordar

la saíram muito cedo
foi ao levantar o dia
caminhar não tinham medo
a saúde e que pedia

e la foram caminhando
com vontade e energia
um sorriso foram levando
para dar mais alegria

o destino era chegar
ate o nosso lindo rio
e depois ao regressar
não apanhar com muito frio

caminhando pela estrada
optaram por um atalho
opção certa ou errada
era longe como caralho

era estrada muita antiga
nem sabiam que la estava
já sentiam a fadiga
dore nos pés já se instalava

o pai ele ,resmongava
por ficar atrás do filho
e o ritmo deminuava
ia haver algum sarilho

o filho bem observou
la parou a caminhada
pelo pai ele aguardou
com a calma bem empenhada

o velho arrastava os pés
já estava bem cansado
estava a dar uns pontapés
num pãozinho ali parado

era sinal de algum cansaço
ele bem queria e parar
mas o filho ,o amigaço
incentivava-lho a continuar

e la iam os companheiros
no meio d'aquela floresta
admirando os pinheiros
e quantidade que pouca resta

caminhavam e falavam
foi momento bem bonito
para casa regressavam
foi momento esquezito

esquezito com certeza
por não saber e explicar
foi no meio da natureza
que os dois souberam se encontrar

foi momento bem bonito
e vou sempre o recordar
homenzinho ,já grandito
que este pai ,vai sempre amar

Vítor vieira

eu vou ir a portimão

eu vou ir a Portimão
na terra da minha irmã
vou passar pelo portão
a minha espera la estará

nisto quero relembrar
e eu já bem avisei
gaiteira  vou apanhar
e depois eu chorarei

chorarei ,mas de alegria
ate estarei bem cansado
mas estar perto da família
isso e sempre do meu agrado

não te avisas de pegar
no teu pano e na vassoura
tempo não há de te faltar
para tratar desta lavoura

o Manel tem que tratar
não pode faltar o vinho
e presunto a de comprar
nós estamos a caminho

v.v

o velhinho

la estava o velhinho
agarrado a vassoura
a procura de um cantinho
procurando outra lavoura

era trabalho cansativo
de apanhar toda lixeira
la bebia um digestivo
esquecia de outra maneira

trabalhou la muitos anos
e depois la regressou
arrumou vassoura e panos
e trabalho que não gostou

queria mas e regressar
neste seu lindo Portugal
para poder aproveitar
sua linda terra natal

foi gozando a reforma
a bater cartas e pescar
foi assim e desta forma
que eu vou sempre o relembrar

o velhinho morreu tão cedo
que nem reforma ele gozou
do trabalho não tinha medo
e a vida ,bem o lixou

foi assim a sua historia
foi escravo desta vida
eu guardo e na memoria
sua missão foi bem comprida

Vítor vieira

terça-feira, 2 de novembro de 2010

a castanha












o linda castanheira
és do norte e disso gosto
no sul és estrangeira
e nele eu nada aposto

és árvore de grande porte
és tão bela como o milho
és linda e tão forte
e teu fruto eu partilho

são Martinho e o magusto
ali vamos comemorar
a castanha tem um custo
d'aqui pouco vamos roubar

esta gente bem esquece
e tem muita ambição
o nosso povo bem merece
prolongar a tradição

tradição bem portuguesa
de uma dúzia me contento
gosto delas e na mesa
com jeropiga arrebento!!

v.v

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

lágrimas (luis gonçalves vieira)

lágrimas que me correm nos olhos
tão cheias de compaixão
de cá deixar os meus filhos
e me verem num caixão
 
mas tudo que vos tenho a dizer
e pura realidade
dai vos bem uns com os outros
e desejo-vos felicidade
 
no coração eu vos levo
para vós é para os meus
para meus netos queridos
eu hei de pedir a Deus
 
anos que eu vivi no mundo
longos tempos eu já vivi
perdão vos peço meus filhos
se algum dia vos ofendi
 
uma coisa e real
e no mundo eu deixei
a boa educação
na vida eu sempre dei
 
agora vos digo adeus
eu já nem quero pensar
que vou deixar os meus filhos
e orfans os vou deixar
 
coragem e que eu vos peço
para tudo enfrentar
não e a morte do pai
que vos vai desconsolar
 
 
Luís Gonçalves vieira (pepito)