segunda-feira, 14 de outubro de 2013

DESPEDIDA


Esta será a minha ultima viagem
trazendo a vós a minha poesia
ainda tenho muita bagagem
mas a vontade esta vazia

Então nesta minha despedida
queria agradecer quem me aturou
nossa amizade não esta perdida
mas o velhinho já se cansou

Vou continuar a escrever
como sempre aconteceu
mas neguem para me ler
desta forma, baixo o véu

Obrigado então amigos
que apoiaram iniciativa
para vocês eu faço figos
desta forma tão expressiva

Vítor Manuel Cadilha Gonçalves Vieira




Também quero matar saudade


Nos teus olhos vejo alegria
por estar junto dos teus
mas não te esquece , tu Maria
que esses dois também são meus

Daqui pouco vais regressar
par aqui junto do velho
e o mesmo vai se apressar
de fugir para seu conselho

Também quero matar saudade
abraçar os meus meninos
porque a puta da idade
tem por fim outros destinos

Porque aqui o teu pardal
já esta farto da soneca
então não leves a mal
se depois vais levar seca

Vítor Manuel Cadilha Gonçalves Vieira

sábado, 12 de outubro de 2013

aconselho


Hoje no teu actuar distante
pensaste agir com boa fé
não há duvida que se levante
alguém te deu um pontapé

Amanha quando acordares
iras tentar perdoar tal acto
e na pessoa recordaras
que bonitinho passou a facto

Não actuou para te magoar
actuou para te abrir os olhos
tu bem podes o amaldiçoar
ele só te da o que tu colhes

Então se hoje ainda é cedo
amanha pode ser tarde de mais
e se de mim não mostras medo
escolhe a seta onde vais

Esse caminho é incerto
se não saberes fazer escolha
quando achamos tudo perto
com tanta pressa salta a rolha

Vítor Manuel Cadilha Gonçalves Vieira

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Serei pai ate que Deus me leve


Qualquer que seja o vosso desejo
estarei sempre aqui para ajudar
e se por vezes caprichos eu vejo
não foi a forma de eu vos educar

De longe, eu estou aqui perto
a olhar e a julgar no tempo
se vosso actuar não estar tão certo
estarei sempre com olho atento

Serei pai ate que Deus me leve
protegendo este sangue meu
e se na duvida um de vocês se atreve
estarei cá para quem não me entendeu

Nesta fase que nos separou
devemos todos projectar no tempo
que a família sempre nos preservou
de todo o mal e do contratempo

Vítor Manuel Cadilha Gonçalves Vieira


sozinho



Perdido nesta rua escura
sozinho eu não tenho medo
acumulei tanta bravura
e escuro aqui dentro levo

companheiro já de longa data
acompanha-me neste meu caminho
e se a vida é por vezes chata
eu também canso de andar sozinho

eu bem queria estar acompanhado
agarrado a esta tua alegria
e nosso sonho se fosse ganhado
junto dos meus eu já estaria

e este tempo que nunca mais para
vai queimando pouco a pouco o sonho
e de manha quando lavo a cara
o meu espelho mostra alguém tristonho

Vítor Manuel Cadilha Gonçalves Vieira






quarta-feira, 9 de outubro de 2013

MALDITO VICIO


Tu que me consomes
que me estraga a saúde
que mata tanto homens
não és linda virtude

Num dia me viciastes
ainda era uma criança
quando de mim te apoderaste
eu comprava te a fiança

Agora com estes anos
já não lembro quantidade
o meu guito foi por canos
não pareço com minha idade

Por dentro estou marcado
mas não vejo o conteudo
meu destino tão macabro
não é simples nem sortudo

Eu bem queria te esquecer
apagar te da memoria
e alem de enriquecer
eu ganhava esta vitoria

Vítor Manuel Cadilha Gonçalves Vieira



sábado, 5 de outubro de 2013

O velho livro



como um livro que conta uma vida
eu escrevo sem nunca mais parar
ate que um dia na minha partida
alguém se volte e começa a pensar

neste livro transcrevo os meus sonhos
tudo aquilo que me vai no coração
momentos tristes e outros risonhos
que por alguns vão com depressão

nada disso em mim faz sentido
o que transmito e algo sincero
e se por vezes fico bem arrependido
dessas pessoas eu nada espero

a vida nos ensina em alguns momentos
que no seu caminho, tem o sentimento
e se palavras soltas se vão com os ventos
o meu velho livro ficara no seu tempo

ficara fechado ate que um dia alguém
no seu desejar, recorda o passado
e nestes versos que a poesia tem
este desgraçado possa ser recordado

Vítor Manuel Cadilha Gonçalves Vieira