domingo, 17 de fevereiro de 2013

SAUDADES DE SI



Seu silencio paizinho é como algo que mate
rói me todo por dentro é usa a minha mente
este meu coração, sendo algo que bate
lembra-se por vezes de parar de repente

então ali se vai esta minha esperança
como passa o comboio sem mesmo apitar
quando falo de si já não tenho a lembrança
porque o tempo sem fim se lembrou de parar

as saudades de si usam as minhas forças
destroem a minha vida, usam o meu querer
das historias contadas, se alguém as distorças
então hei de lembrar o que andaste a sofrer

la de cima paizinho olha bem para os seus
porque aqui baixo tudo é algo fraquinho
companheiro de sempre, na companhia de Deus
peça então o mesmo para rezarmos baixinho

o que sobrou de si, tem gosto de amargura
porque o tempo apresado o levou bem depressa
é este seu bilhete com palavras de doçura
é a única coisa que me sobra é me opressa

Vítor Manuel Cadilha Gonçalves Vieira






terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

A quanto tempo que não chorei?























A quanto tempo que não chorei?
e porque razão eu choraria?
quando tudo aquilo que eu sei
e tudo aquilo que eu não queria...

Devo ter perdido a vontade
porque lágrimas já caíram tantas
e quando sonho torna-se realidade
então e tempo de dobrar as mantas

de levantar a nossa auto estima
e dar valor ao nosso orgulho
porque esta vida que desatina
acaba sempre no tal entulho

e como um monte de destroços
onde tudo foi la misturado
um desenho feio que ficou esboços
por tantas vezes eu ter chorado

Vítor Manuel Cadilha Gonçalves Vieira

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Tais as raízes de uma árvore



Tais as raízes de uma árvore
afundadas nesta terra bem fria
ancorado a este sonho que devore
a lembrança deste ódio que não queria

Estou aqui,sem saber então o porquê
a pensar que esta vida poderia ser outra
a felicidade que queria e que amplifiquei
bem fujo da minha mão para ir para outra

Eu bem quis preservar algo bom e bonito
mas a terra, de fértil passou a ser deserto
quando o meu coração nunca foi de granito
e em algumas atitudes, que a revolta desperto

Claro,que esta vida poderia ser mais colorida
que em sonhar em amor tudo torna-se melhor
mas o amar de mais, por certas vezes agrida
os nossos corações, quando guardamos rancor.

Vítor Manuel Cadilha Gonçalves Vieira






NOITE ESCURA


















Foi no decorrer de uma noite escura
que sem querer o teu rosto veio a mim
bem me avisaram que o passado cura
mas este teu rosto ficara historia sem fim

nem que tudo,um dia, vire a negro
irei sempre lembrar que nela sonhei
e que na mesma de sonhar alegro
por que de ti nunca me envergonhei

nesta historia que um dia acabara
deveras então um pouco me recordar
e quando debaixo dos pés o sol desabara
para nós não será mais tempo de discordar

então guarda de mim o que de mais foi bonito
esquece então que num dia assombrado te magoei
porque este amor que tenho para ti e infinito
e cada dia que passou, o mesmo eu próprio amontoei

Vítor Manuel Cadilha Gonçalves Vieira





sábado, 2 de fevereiro de 2013

O VELHO




















Um velho estava ali parado
assentado la no seu banquinho
quando o encontrei, como algum achado
ele olho para mim com um sorizinho

Cabeça encostada a sua cana
estava la perdido nas suas lembranças
naquele momento, quando o respeito chama
o cumprimentei com palavras mansas

Mas o velhinho não me respondeu
algo triste estava ali presente
e fui num só olhar, que o mesmo deu
que adivinhei, que estava alguém ausente

Tinha perdido a sua companheira
que o acarinho toda a sua vida
e a sua rosa, nada espinheira 
tinha ido embora por não ser florida.


Vítor Manuel Cadilha Gonçalves Vieira








Sozinho neste mundo bravo























Sozinho neste mundo bravo
fui ter a minha capelinha
algo triste e algo errado
andava ali na minha cabecinha

quando entrei, não estava la neguem
estava escuro e um pouco frio
os raios de luz que os meus olhos seguem
fixavam para mim como um desafio

logo soube que eras tu presente
estavas ali tu meu caro amigo
e meu coração que as vezes sente
bem se embalou..que grande castigo

falei para ti, sem obter respostas
mas algo me disse que estavas zangado
fui quando senti ,la nas minhas costas
este grande frio, que ainda hoje trago.

Vítor Manuel Cadilha Gonçalves Vieira